2015 não é um ano fácil para o trabalhador. Muito por conta da economia estar em declínio e das mudanças que o governo vem fazendo para ajustar as contas do governo, como diminuir os benefícios dos trabalhadores.
Infelizmente, as demissões e o desemprego, que já fazem parte da vida do trabalhador normalmente, tem grandes chances de ser um fantasma real.
O aumento real deve ficar mais distante do bolso do trabalhador, tendo em vista que a expectativa é que a inflação acumulada possa em 12 meses bater na casa dos 9% no segundo semestre deste ano.
"Com aumento de juros e energia, fim da desoneração da folha de pagamento e incertezas na crise hídrica, é bem difícil falar em aumento real", diz José Ricardo Roriz Coelho, diretor do departamento de competitividade da Fiesp e representante das indústrias do setor plástico.
Os sindicatos de cada categoria e as centrais, já se mobilizam para tentar modificar essa situação. Campanhas salariais de segmentos de diferentes sendo unificadas; planejamento detalhado de paralisações; possibilidade dos abonos e benefícios serem incluídos nos acordos salariais para ajudar a recompor o ganho real. Essas são algumas das estratégias traçadas.
O economista Fábio Romão, da consultoria LCA, reitera esse momento crítico: "O fraco desempenho da economia deve bater mais forte no mercado de trabalho neste ano, sobretudo na indústria e na construção civil, pondo os sindicatos na defensiva", diz.
As estratégias precisam ser traçadas com todo cuidado e competência pelos representantes dos trabalhadores (sindicatos e centrais) para que eles saiam prejudicados o menos possível.